Prudência, meu amor,
é dar adeus ao prato trincado
antes que se despedace em minhas mãos.
Apesar do seu olhar tristonho
por ser agora um objeto largado.
No íntimo sabemos, eu e o meu prato,
que a memória viverá no paladar da minha solidão
quando sentado à mesa erguerem-se apetite e garfadas
e chegue até meus olhos a saudade
do seu fundo florido de cerâmica.
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