Se alguma noite
ao fazer a barba
não cortar meu rosto
enterrem-me pois estarei morto.
Interrogo-me o que seria da lâmina do barbeador
sem o sangue dos seus filhos lunáticos que escolhem
a luz da lâmpada contra o espelho para melhor enxergar
o queixo, os lábios, o sinalzinho que sempre corto ao meio.
E cresce o sinalzinho
em três a quatro dias.
De novo passo a lâmina.
Esse nosso jogo de flerte
é uma das razões para
não desejar a morte
tão cedo.
ResponderExcluirSinais que renascem e dão sentido à vida...
Beijos, bruxíssimo!