Um dia,
e quanto mais tempo passar melhor,
os poemas que escrevo serão donos de si.
Irão ao banheiro sem ajuda
das minhas pernas e lavarão
os pés sem que eu me curve.
Um dia meu corpo não estará presente
diante do patético ato de pensar
antes do poema.
O poema será todo e completo
na voz de quem o lê.
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