sexta-feira, 7 de junho de 2013

música pra velhinho solitário

Meu coração quase parou por sua culpa -
você quando passa seu batom
olhando-me silenciosa
volto a sentir um novo
ataque.

Corro à minha gaveta
pra lhe mostrar as suas cartas
daquele tempo em que você beijava o envelope.

Veja, o batom o mesmo de cereja
e o desenho dos lábios,

como agora,
tenro de menina.

O tempo não existe
pras anjinhas
que matam
poetas.


2 comentários:

  1. o tempo é o instante que só na memória se faz batom em permanente encontro de lábios sobre o envelope...

    abraço, querido amigo!

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  2. :-) Ah, que saudades faz o teu olhar!

    O tempo não existe
    pras anjinhas
    que matam
    poetas.

    Beijos,

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