Não haverá perigo
se nós guardarmos
as nossas almas dentro
do vaso antigo de cerâmica.
O velho índio que me vendeu o objeto
jurou com a testa tocando meus pés
que o vaso é sagrado
e lá estarão seguras
as almas de quem se ama.
Guardemos então nossos sonhos
(todas as arraias gigantes e sardinhas)
dentro desse vaso antigo de cerâmica.
Amanhã, se acordarmos juntinhos,
veremos com que cor nossas almas
pintaram os braços, o peito e as faces.
Nenhum comentário:
Postar um comentário