domingo, 28 de abril de 2013

trombose

Se uma parte do meu corpo morrer
a boca torta e os braços
sem movimentos

ditarei poemas
em silêncio
no olhar

e os passarinhos sobretudo
os de papo amarelo
máscara preta

hão de escrever os poemas nas asas
e levarão aos céus meu espanto.

Nunca soube o nome desses passarinhos
de papo amarelo e máscara preta
no rosto.

Mas conto com eles.



5 comentários:

  1. Incrível! Sempre belíssimos os seus versos...

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  2. Bruxo, maravilhoso...a Natureza inteira haveria de exalar teus versos mesmo na tua mudez. Adorável, adorável poema. Está mais do que na hora do teu livro nascer.

    Beijos

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  3. Impossível emudecer tua inimitável originalidade, tua singeleza brilhante, tua desconcertante sensibilidade.
    Beijos.

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  4. poema para asas e nuvem.

    abraço, caro amigo!

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  5. Os passarinhos passarão... Para ajudar!


    Um beijo

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