O que aquele bichinho esperança
fazia na varanda e o que refletia
nesse domingo de páscoa
não sei mesmo,
mas seus olhos estavam tristes
e o seu silêncio era bem maior
do que o de costume.
Talvez pelo fato de minha irmã
ter em punho uma vassoura
daquelas que investiga
até os mais recônditos
cantos debaixo
da poltrona.
Eu agachei-me e notei nele
um pensamento distante.
Deixei-o em paz
na ponta do batente.
Espero que minha irmã
também o tenha visto
como eu o vi
silencioso
e triste.
E tenha lhe poupado a vida.
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