Não preciso de carbonato de lítio
nem antidepressivos, mas de cortar
a garganta de alguém e enterrar-lhe
o corpo debaixo da minha cama junto
a outros cadáveres e algumas orquídeas.
Essa placidez fingida
e esse sorriso lânguido
no canto da minha boca
é a mais explícita tristeza
por não confiar na própria dor.