Enquanto a morte não vem
eu escrevo versos e estiro
minha pele na cabeceira
da sua cama.
Se houver outro mundo
quero levar a minha pele.
As nódoas, o sujo,
as marcas da lâmina.
Amor, sem drama.
Só digo essas coisas
para abrir os seus olhos.
E não fique triste
se não houver outro mundo.
Faça então da minha pele
sabonete, churros, cotonetes.