domingo, 11 de novembro de 2012

hastes de rosas

Como acreditar nos meus versos
que não sejam doloridos - um tal
galanteio que eleva
o estivador.

Como acreditar no homem,
na minha voz e no meu andado,
que não seja de uma alma cansada.

A exaustão é muito pouco
para as palavras que nos dobram.

Como acreditar nos meus versos
que não sejam construídos
do favo dessa voz -

essa dor cartilaginosa
a nos moldar os ossos.

4 comentários:

  1. Estava agora, dois minutos atrás, relendo tua entrevista no Roxo, que apareceu casualmente enquanto eu pesquisa uma outra coisa no google. Nossa, li com o mesmo prazer da primeira vez. E agora estou aqui, relendo poemas. Hoje é dia de Lara e Domingos. :-)

    Poesia nos domingos faz do dia insosso brilhante.
    Beijos,

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  2. Que poesia hein!!!
    Lindo de tirar o fôlego.
    Minhas saudações!!

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  3. quanto souber, me diga, POR FAVOR!!

    beijoss :)

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  4. hastes de rosas... a fragilidade que segura o peso

    bj, poeta

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