hoje é um sábado
daqueles sábados
em que a gente mata
e morre em seguida.
Morrer é fácil, aprendi com
as tantas unhas que perderam
o equilíbrio e caíram dos meus dedos.
Agora matar é bem mais difícil.
Só mato, e sem querer,
formigas quando ando
em zigue-zague
pela praça.
Hoje é um sábado em que nem xarope na colher
lembra minha infância e me faz sentir
um sobrevivente.
Parar diminuir esse batuque de pajelança dentro do meu peito
não me há outra alternativa senão matar alguém
e morrer depois.
Tão natural pensar em coisas para se matar na mente... mas acaba-se mesmo só morrendo de morte morrida. Sim, é fácil...
ResponderExcluirBeijo.
Porque hoje é sábado, como no poema, tudo é permitido. Até matar, até morrer. Aliás, vivemos matando - quem? - preparando a nossa morte.
ResponderExcluirAbraços.