segunda-feira, 15 de outubro de 2012

o marasmo dos corais

É bom assim quando a gente escreve um poema
e sente-se cansado com vontade de dar um tiro
em quem passar por nossos olhos
sem pedir licença.

Como diante do meu rosto
só passam sombras de objetos,

já derrubei uma xícara de café
outra xícara branca de leite
uma colherinha de açúcar
um depósito azul
de bolacha

um prato todo mocinha decorado
mais o seu garfo, ah este Sr. garfo!

Não confio, não confio nele
é como se a qualquer instante
o Sr. garfo me enfiasse nos olhos

seus quatro dentes
de equilibrar macarrão.

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