Deve-se ter muito amor
para passar o tempo
só e dócil
flertando as paredes
imaginando um dia
piscarem o olho.
Deve-se ser louco esse rapaz
que não faz outra coisa
senão acreditar
que as pernas do poeta
não são as que o levam
ao mar e à montanha.
As pernas do poeta desde cedo
são os garranchos dos primeiros versos -
estas, sim, pernas de verdade
ao ouvi-lo cantar dão-lhe
asas, escamas, guizos.
Parece que as coisas clarearam por aqui... Saudável, não?
ResponderExcluirBeijo, bruxo.
Jamais me esquecerei que um poema pode explodir o coração.
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