Ao sair por aquela porta
não me espere novamente aguar as plantas
com os olhos perdidos e as mãos trêmulas.
Diga aos passarinhos que acabou a graça
de tê-los por perto e ao grande relógio
pendurado na parede da sala
confesse-lhe
que nunca tive medo
das suas badaladas
no meio da noite.
Ao sair por aquela porta
não se levante, o vento
fará o trabalho sujo
e ao bater com força
tudo se partirá -
ferrolhos
e dobradiças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário