segunda-feira, 15 de outubro de 2012

de volta a garrafinha ao mar

Para saber se você existe
escrevo versos e leio-os
ao pé do seu ouvido.

Não sei bem o que gosto mais
ou morder seus lábios
e sorrir junto

ou andar ao seu lado
dentro do vagão triste

do trem que nunca chega
à sorveteria mais próxima.

O tempo maior que levo
é mesmo olhando a porta,

um pontapé seu com força
de quem derruba esconderijo de bandido
e um abraço forte de quem salva náufragos.

3 comentários:

  1. Amei,

    principalmente a proximidade
    sugerida entre
    o trem e um sorvete

    Eis a minha doce e trilhada infância

    ResponderExcluir
  2. É uma delícia esse seu jeito de bater e assoprar com os versos. A gente se sente jogado, como no sacolejar desse trem.

    Beijo.

    ResponderExcluir