Amor, diga-me, você vê esses fachos de luz
descendo pela parede iluminando formigas
que andam apressadas e se beijam a cada
encontro?
Amor, diga-me sinceramente, você ouve
esse pássaro cantar lá fora de flauta
e bandolim?
Não entendo como ele consegue assoprar a flauta
enquanto suas asas seguram o bandolim
e o seu bico desce até as cordas
e a flauta não cai, meu amor,
não cai!
Amor, diga-me sem rodeios,
porque o poeta pensa
tanto nele próprio
se a vida de quem ele rouba
é dos outros?
"Amor, diga-me sem rodeios,
ResponderExcluirporque o poeta pensa
tanto nele próprio
se a vida de quem ele rouba
é dos outros?"
Há poetas e poetas. O que vejo em você é alguém parecido comigo, que vê poesia no cotidiano, na formiga que passa, na xícara de café, no som que vem no vento.
Para mim, você nada rouba de ninguém, você é genuíno.
Um abraço,
Suzana Guimarães - Lily
ResponderExcluiro amor que o diga
belo poema
abs