segunda-feira, 13 de agosto de 2012

o clarinetista

O meu coração por ser um clarinete
não descansa da brandura
nem do sofisma

há na música dele
um desespero
e uma morte
ingênua.

Meus dedos trêmulos escrevem versos
mas é ele, o clarinete, que assopra
a melodia.

Triste, diria a mulher dos festins.
Misterioso, talvez pense a mulher das alcovas.

Só sei que meu coração é um clarinete
e todos os versos que escrevo

é ele, o clarinete,
que dita o caminho.

2 comentários:

  1. Talvez seja esse o segredo da melodiosa originalidade de seus versos...
    Beijo.

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  2. Deve ser por isso que a gente o escuta bem.
    Beijos :)

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