terça-feira, 21 de agosto de 2012

o café e a sua alma

Certamente estou vivo porque bebo café.
E se caminho até à janela e se leio um livro,

o café começa sua andança
por meu sangue.

Pergunta aos glóbulos
o que eles sentem
com sua cafeína
exuberante.

Os glóbulos não respondem.
Os glóbulos ainda não sabem falar.

Mas os glóbulos parecem felizes
eufóricos pela existência
do café em suas vidas.

2 comentários:

  1. Nunca tinha pensado na exuberância da cafeína...rs Eis o poeta que dialoga com todas as coisas do mundo!
    Beijos, querido.

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  2. Não há diálogo impossível na imaginação do poeta.
    Mas gostei especialmente dessa frase:
    "um mergulho arriscado sem ideia
    da fundura do rio." Magnífica.
    Beijo.

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