O poema se faz mesmo quando não se deseja.
A gente olha pras paredes e ele está lá.
A gente abre a geladeira
e ele continua nos seguindo.
O poema é dono de si.
O poema é senhor do poeta.
O filósofo não percebe a hora de ir ao banheiro.
O filófoso pensa que é a vontade a soberana.
Mas é o poema que dita as regras da urina.
Também é o poema que dita as regras da sede.
Me fez lembrar do poema "Nem aí" de Ferreira Gullar
ResponderExcluir"Indiferente
ao suposto prestígio literário
e ao trabalho
do poeta
à difícil faina
a que se entrega para
inventar o dizível,
sobe à mesa
o gatinho
se espreguiça
e deita-se e
adormece
em cima do poema"
:)
bjs
Rossana
É a mais pura verdade... é o poema quem "edita" o poeta, mero instrumento da faina da poesia...
ResponderExcluirBeijokas.