plantei uma árvore que não tem raízes
e voa com as nuvens sem destino
disseram-me e ainda dizem
que ao sussurrar versos
aproximo-me
da loucura
mas a árvore continua sem raízes
e sem espaço definido
entre um rodopio
e um abismo
disseram-me e ainda dizem
que a minha sorte
é que a poesia
é torta
por isso meu canto engana
os que andam aduncos
por natureza
não são eles parte da árvore?
e não é a árvore somente minha?
então tudo que voa
brilhante e empoeirado
em suas folhas e no seu orvalho
é da minha vontade
e do meu delírio
que me importa se o abismo acorda
e o que foi lindo entristece
por encanto
e maldade
...
Definhamos pelo que já nos deu vida. É como plantar e depois ser arrancado.
ResponderExcluirBeijo.
Que sorte a nossa que a poesia é torta.
ResponderExcluirBelíssimo poema, Domingos.
Bjs
Rossana
escrever torto em vida reta é versejar!!
ResponderExcluirBeijinho, poeta!
Li bem baixinho...
ResponderExcluirTão bom estar nesse lugar de encanto!
Bjo, poeta
:)
vida a direito, poesia torta
ResponderExcluirvida torta, poesia torta
e as árvores que voam...
beijinho
E que sussurro!!!
ResponderExcluir