sexta-feira, 27 de julho de 2012

delírios líricos

Essa voz não se cansa
de buzinar na minha cabeça
que é hora de mais um poema.

Talvez eu ganhe dinheiro
vendendo na feira
meus versos.

Escolham, fregueses:
versos tristes, alegres,
cínicos, tolos, sobrenaturais.

Mulher bonita não paga mas não leva.
Eu mesmo entregarei o embrulho na sua casa.

Esteja apenas deslumbrante -
um vestido esvoaçante
e um brinco.

O vestido eu rasgo
depois da quinta taça.

O brinco arrasto de presente
para uma mulher vaidosa
que tenho na outra rua.

Um comentário:

  1. Impressionante esse seu fôlego para os poemas! Quem dera eu...rs E o faz como se respirasse. Originalíssimo sempre. Como gosto disso!

    Beijos,

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