terça-feira, 17 de julho de 2012

a brandura de um homem

despedi-me do mundo
sem fazer inimigos

assim como quem entra em uma casa nova
abre os braços, fecha os olhos
e sente uma energia boa

despedi-me do mundo
com os bolsos vazios

sem ouro, sem moeda
mas elegante, firme
e forte

despedi-me do mundo
correndo pelas calçadas

louco, louco, louco olhando pro céu
afinal é do céu que caem as coisas do mundo -

sementes de passarinho, folhas secas,
pipa sem rabo, raio, um pingo de chuva.

2 comentários:

  1. Maravilhoso, Domingos, meu querido amigo, grande poeta!!!
    Abraço saudoso!!!

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  2. dizer adeus ao mundo e abraçar a loucura, a nossa loucura-alimento

    beijinho

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