domingo, 1 de julho de 2012

ávido

Não me chames de amor
assim facilmente, sabemos
que as palavras têm poder

[vê lá, hein] tu podes acordar
imaginando que sou teu poeta

enquanto não passo de uma lagarta
trêmula na calçada esquivando-se
dos bicos das andorinhas.

O amor não me tolera -
é conhecido esse meu desastre.

Mas quem sabe
quem sabe,
né?

Vinde então, moças
estou só e aflito

preciso de um trago
e de outra língua.

Mas não me chames de amor
as palavras têm poder e loucura.

3 comentários:

  1. Uma boa poesia para carregar nesse domingo!

    Abraço do Pedra

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  2. Mas que parece um chamado, parece...

    Beijo, bruxo!

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  3. eu repito o que já disse a Cris, que parece um chamamento, parece...


    e dá vontade de chamar...

    Beijinho

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