Todo passarim sabe
que o entardecer
é mui delicado:
caem monstros
das estrelas.
Portanto,
para dentro
moço de cabelos brancos.
Fuja da varanda,
beba seu café
tranquilo.
Prefira o idílio dos olhos
da mulher que não te vê.
Aqueles guardados dentro do bolso do bermudão
fizeram-te tanto bem que quase te cegaram.
Para dentro do quarto
moço de cabelos brancos.
A varanda é para donzelas e jarros tristes.
Flores alegres a gente tranca dentro da gaveta.
Parece que a varanda também é para cronista abençoado.
Sempre vem um e outro passarim a deitar-se na almofada
ou naquela cadeira dura dos meus avós.
Já para dentro
moço de cabelos brancos.
Seu tempo de devaneios
é tão simples quanto
o seu tempo
de enganos.
Acabou-se aquele tipo de engasgo
que surge com a esperança.
Volte para seu quarto
e mate seus cupins.
Eles depois de comerem as portas e as janelas
não duvide hão de comer suas botas.
São tenazes e lépidos esses cupins
do mesmo código genético
dos chineses.
Pegue o veneno
e não cheire.
É forte pra chuchu o veneno
e tão leves os cupins
com o vento.
Que saudade estava de te ler!
ResponderExcluirBjo, poeta querido!
;)
Existem tinturas de cabelo para homens de excelente qualidade, é questão de gosto. Cupins são desgosto sempre, muito bom este seu poema. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirporreta, muito
ResponderExcluirabraço
ainda bem que voltaste em FORÇA!!!!
ResponderExcluirPara a escrita já, moço de cabelos brancos!!!
beijo
é ler e pronto!
ResponderExcluirbeijinho, Domingos!
esse poema daria uma ótima animação poeta, tantas imagens bonitas!
ResponderExcluirbeijos
Passarim sabe, mas não aprende. Oh, passarim...
ResponderExcluirbeijoss