quinta-feira, 22 de março de 2012

o viciado em coisas invisíveis

agora que ando sóbrio
sem ressaca e sem delírios

penso que sou eterno
e que o mundo
é um sonho

os fantasmas não gostam dessa nova vida
e tentam me seduzir com cítaras

em vez de correntes
presas a tornozelos

mas como disse,
agora que ando sóbrio
sem ressaca e sem delírios

penso que sou eterno
e que o mundo
é um sonho

digo adeus aos fantasmas
deixo-os tristes pela casa

calma, calma, calma
fantasmas bebês chorões

o amanhã ainda não existe
quem sabe no último dia

eu acorde
alma penada

mas por enquanto,
agora que ando sóbrio
sem ressaca e sem delírios

penso que sou eterno
e que o mundo
é um sonho
...

2 comentários:

  1. um título fabulo, digo, assombroso :)
    Beijoss

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  2. sua voz vicia!

    observaçãozinha: não perdeu a mania de apagar poesia. tô de olho...

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