quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

nuvens

O sonho é o meu pão de todos os dias
mesmo que seco não me engasga.

O sonho é a minha oração,
meu copo d'água sobre a cômoda.

A fresta do entardecer
que passa pela porta

e bate na parede onde vejo
algumas formigas tecendo mantas
para o talvez inverno que se aproxima.

Sou um sonhador nato, nativo, natural.
Embora algumas vezes eu quebre
xícaras no teto e dê nós
nos tênis sujos.

Mas isso também é sonho.
Urro de um homem primitivo.

Que ao final da noite
recolhe-se na sua caverna
e procura desenhar seus primeiros castelos.

2 comentários:

  1. Poema belo, prezado amigo poeta!

    Continue escrevendo nas paredes da caverna de sua inspiração!

    Muita Paz!

    ResponderExcluir
  2. Seu texto é de uma tristeza...doce!

    ResponderExcluir