Quase o fim da minha xícara.
Decerto seria a minha morte.
Juro que meu coração também saiu pulando
junto com ela e que rezei todo o credo
em questão de segundos
enquanto o seu corpinho de porcelana
saltitava sob frêmitos pelas cerâmicas
da área de serviço.
Xícara de poeta é forte e brincalhona -
girou em torno do próprio umbigo,
deu piruetas e cambalhotas
até, enfim, inocente
pousar debaixo da pia.
Parecia um cachorrinho
pedindo afago.
E eu beijei-a como beija
um marinheiro a fotografia
da amada.
Prometi-lhe [com lágrimas
no rosto] colar sua asinha
aos meus dedos, polegar
e indicador.
É como agradar a quem a gente ama. precisamos colar todos os dias algo rachado, quebrado...
ResponderExcluirBjs.
dedo de poeta é mágico
ResponderExcluirabraço
LauraAlberto
que delícia de poema :)
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