quinta-feira, 20 de outubro de 2011

pretexto

Exceto o momento em que sento para escrever,
eu sou por completo um tolo -

nos assuntos,
nos olhares
e na voz.

Natural então que eu escreva incessante
cada dia distraído e cada noite atento
lançando meus olhos

contra as paredes
e pelas calçadas.

É nesse mundo de faz de conta
a doer o dente e curvar-se a espinha
que me depuro das tolices em minha volta.

Sei de mim e do meu fracasso
quando me levanto
e deixo de lado
a imaginação.

Cai sobre a minha cabeça uma folha seca
com o peso gigantesco de uma montanha.

3 comentários:

  1. deixa de lado a imaginação para ela tomar conta, é, que você escreve o que a gente não espera :)
    beijoss

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  2. Não preciso de pretexto pra me espantar com suas liras...

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  3. Saudade de passar por aqui! Amei esse poema! Um beijão, meu amigo!

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