Quando chove assim feito essa tarde
as paredes ficam mais carentes.
Não me deixam sair do quarto.
Oferecem-me todo o tesouro:
teias de aranha,
patinhas de insetos.
Preciso explicar a elas que hoje é sábado
e que lá fora há estrelas e damas.
Mas o meu coração [um complexado]
prefere dormir aos pés das paredes
a conhecer gente nova e louca.
O meu coração é quem manda.
Meto de volta na gavetinha o papel de carta.
Guardo na geladeira a última garrafa de vinho.
Deito-me aos pés das paredes
e penso no meu chinelão antigo:
feliz dele que tem por perto
o calor dos meus dedos.
Tenho um lápis mágico
ResponderExcluire posso desenhar uma porta mágica na parede...
mas não desenho uma porta na parede...
sequer manuseio o lápis...
a mim, já basta a ideia de ter um lápis mágico...
Maravilhoso teu compartilhar de sensações, Domingos!
Beijinho com esperança de sol...
AnaLuz, essa nossa magia nos salva
ResponderExcluirmas sabemos "dá às paredes o que é das paredes" muitas vezes nós próprios vamos juntos
...
Beijo carinhoso,
sensível poetisa
...
Carpe Diem!
Obrigada por compartilhar as suas sensacoes descritas em versos.
ResponderExcluirUm grande abraco e uma feliz semana!
acredite, Marcia,
ResponderExcluirnão há outra forma de partilha
senão esta
...
Abraço carinhoso,
e uma semana de paz.
coração é bicho traiçoeiro...
ResponderExcluirsou tua leitora fiel, sabe disso.
beijo, meu bruxo!
Cris, minha doce poetisa,
ResponderExcluiro coração é traiçoeiro mas
caso deixe de sê-lo
perde o encanto
...
Beijo carinhoso.