Nada aparente muda de espaço quando abrimos os olhos.
As canetas continuam dentro da cestinha de palha.
As meias dentro dos tênis suados da academia.
Quem lhe consegue tirar a clareza das coisas?
Nem os mais velhos do ginásio.
Emboscadas existem a falsidade reina
mas o passado é um banquete [basta
aproveitar cada algodão
preso nos galhos]
Quando abrimos os olhos
a única mudança é a cor
dos nossos corações:
arco-íris refletido em um musgo
um caco de porcelana debaixo da cama.
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