Adoro as cantoras, atrizes, poetisas e dançarinas
libertinas que mal se aproximam o meu sangue
borbulha e meu coração galopa:
fazem-me tão feliz quanto essa tarde de carnaval
o poeta a estender cuecas no varal ouvindo rock.
Adoro essas criaturas extraordinárias
que beijam bem e odeiam fazer amor
sem tesão e sem o diabo no corpo.
A elas somente a elas
entrego de mão beijada:
alma atiçada, coração trôpego,
corpo tatuado a fogo de cavalo.
Adoro essas assombrações
que caem dos céus entram
pela janela do banheiro
rastejam por debaixo
da cama infernizam
o meu juízo.
Lindas, deslumbrantes, sensíveis, maravilhosas:
todas libertinas sem um pingo de vergonha.
Levantam os braços
fazem cachos
deixam à mostra
aquele redemoinho
de pelos dourados
enfeitando a nuca.
O bastante para que o poeta berre
vire lobisomem ou um vampiro
pule da varanda
sobre um carro
e dance com os dedos
cruzando os olhos
[feito aquele filme
de Tarantino]
Nenhum comentário:
Postar um comentário